PSICOTERAPIA: ILUSÕES, DISTORÇÕES E FANTASIA
A Psicologia vem ganhando terreno na sociedade portuguesa, sendo hoje comum a procura de profissionais habilitados a interpretar e trabalhar os mais diversos sintomas psicológicos.
Apesar da controvérsia em torno da reduzida contratação de psicólogos pelas instituições públicas, são frequentes os referenciamentos por parte de professores e educadores, e igualmente crescente a sensibilização da população em geral perante o sofrimento psíquico.
Num efeito paradoxal encontramos no entanto indivíduos que, cientes da necessidade de ajuda psicológica, recusam-na ou manifestam-se assustados em tomar a iniciativa de marcação da consulta. Denotam-se ilusões, distorções e fantasias em torno do processo psicoterapêutico, algumas delas expressões do funcionamento da personalidade, e outras mitos decorrentes da especulação ao nível do senso comum. Sem dúvida que a intervenção em Psicologia acontece ao nível de conceitos subjectivos e nem sempre fáceis de explicar à população em geral. Familiares e amigos desesperam para convencer os seus entes queridos a receber a ajuda técnica que lhes parece que estes necessitam. Embora esta pressão paute, em certas vezes, pelo exagero face à gravidade do sintoma, certo é haverem resistências pelo desconhecimento do que o processo implicará, daí o alívio quando se ultrapassa a barreira do desconhecido e, ao fim de algumas sessões, se compreende que o medo seja injustificado.
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